Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterlizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Madei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro
nem vestígios de ógio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
Tela : Van Gogh
6 comentários:
Lindíssima poesia,bem ritmada e inspirada! beijos,tudo de bom,lindo domingo,chica
Minha querida Túlia,
Lágrimas revelando a beleza da alma que não tem cor...
Bjssssss,
Leninha
Olá!Bom dia!
Túlia
Tudo bem?
Belíssima escolha!
...o racismo e outras formas de discriminação são consequências de uma sociedade que está mergulhada na superficialidade, na aparência e na futilidade...
Obrigado!
ótimo domingo!
Beijos
Tulia,muito bela a sua escolha!Em nada os homens se diferenciam em sua composição!Só o preconceito pode separa-los!Adorei essa poesia!bjs e boa semana!
Este Poema de Gedeão vem de encontro ao Pensamento e opinião de que não há lágrimas diferentes, como não há pretos, brancos ou amarelos; apenas gente que sente do mesmo modo.
Oportuno este Poema.
Beijos
SOL
Linda escolha. Adoro este poema.
bjs
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